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Meio Ambiente

Pesquisa avalia efeitos de planta do cerrado no tratamento de doenças hepáticas

A toxicidade de um extrato botânico pode ser diferente dependendo da parte da planta utilizada, o modo de preparo do macerado e outros processos.

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Divulgação / Reprodução

Uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), avaliou os efeitos do extrato bruto da planta conhecida popularmente como “Lixeira” no tratamento de doenças hepáticas. O estudo é realizado pela professora Cláudia Andrade, do departamento de Químico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com participação do pesquisador Fhelipe Jolner Souza de Almeida, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, da Faculdade de Medicina da UFMT.

A professora avaliou o efeito do extrato hidroalcoólico da Curatella americana L, nome científico da árvore, sobre as células estreladas, responsáveis pelo armazenamento da Vitamina A no fígado, e com importante função no sistema imunológico. O consumo excessivo de álcool pode provocar alterações no metabolismo destas celulas, levando a um quadro de fibrose hepática.

O objetivo da pesquisa é fazer uma associação entre o potencial antioxidante e a atividade antifibrótica do extrato. Os resultados mostraram que o efeito da planta depende da quantidade da planta utilizada. Quando a concentração era igual ou menor a 2 mg/ml, o extrato não apresentou toxicidade para as células, o que pode significar com a melhora no quadro de fibrose. No entanto, concentrações superiores a 3mg/ml foram pró-oxidantes, direcionando as células para a morte.

O extrato da Lixeira é popularmente utilizado no tratamento de várias doenças, como a diabetes. A pesquisa, no entanto, alerta que essa prática deve vir acompanhado do conhecimento científico, como mostra os resultados da pesquisa com a alta concentração da planta. “A busca por novos agentes terapêuticos não ocorre de maneira aleatória, muitas etapas são fundamentais, desde a correta identificação, parte da planta a ser utilizada, época de coleta do material botânico”.

A toxicidade de um extrato botânico pode ser diferente dependendo da parte da planta utilizada, o modo de preparo do macerado (mistura com solvente extrator escolhido e material botânico triturado) e via de administração podendo produzir efeitos tóxicos em maior ou menor grau.



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