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Agronegócio

Nova safra de grãos compensará perdas na última colheita em Mato Grosso, diz Conab

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Divulgação / Reprodução

Mato Grosso compensará as perdas da última safra de grãos com a colheita total de 53,261 milhões de toneladas de soja, milho, algodão, girassol, sorgo, arroz e feijão na temporada 2016/2017. Projeção divulgada nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o volume mínimo assegurado por essas lavouras pode chegar a 52,848 milhões de toneladas. Ainda assim, será entre 21,7% a 22,7% superior a quantidade obtida na safra 2015/2016, quando foram colhidas 43,425 milhões de toneladas.

De um ciclo agrícola para outro, a oferta estadual de grãos cresce quase 10 milhões de toneladas e passa a responder por 28,30% da produção brasileira. Na temporada anterior, quando foram colhidas 8,293 milhões de toneladas a menos no Estado, a participação mato-grossense no volume de grãos produzido pelo país foi de 25,08%. O acréscimo resultará da melhora na produtividade estadual, que cresce 21%, com rendimento médio de 3,752 mil quilos por hectare, ante a média anterior de 3,101 mil kg/ha. A área plantada pode expandir entre 0,5% a 1,5% e ocupar 14,206 milhões de hectares neste novo ciclo agrícola. No anterior, foram cultivados 14,004 milhões de hectares em todo o Estado.

Como relembra o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab, Kleverton Santana, a safra 2015/2016 foi atípica, com condições climáticas bem diferenciadas dos anos anteriores. “Tivemos problemas na produtividade das lavouras de soja, afetada pelo estresse hídrico durante a florada e enchimento dos grãos”, comenta. “Para as lavouras de milho, a situação foi mais atípica ainda, já que nos últimos 4 anos o regime pluviométrico avançava até maio”.

Agora, há perspectiva de recuperação na produtividade das principais culturas mantidas em Mato Grosso, ou seja, soja, milho e algodão. Santana observa que a produção mato-grossense de grãos cresce, em média, 8% a cada ciclo. Na safra anterior, as regiões Norte e Leste foram as mais afetadas pela estiagem, contextualiza o diretor administrativo-financeiro da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Nelson Piccoli. “Já para esta safra temos indícios de que o clima será bem mais favorável, que permitirá crescimento entre 5% a 6% na produção de soja e no milho o impacto deve ser melhor”, avalia.

Piccoli diz que a partir de 20 de setembro – 5 dias após o término do vazio sanitário da soja no Estado – os volumes pluviométricos permitiram iniciar quase imediatamente o plantio da oleaginosa. “A região de Sorriso já está com 30% da área plantada”. Com o incremento na produção de grãos, o setor de transporte de cargas prevê recuperação das perdas, expõe o diretor de grãos do Sindicato dos Transportes de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Cláudio Rigatti. “Estamos bem otimistas, temos contato com os produtores que falam de uma safra recorde. Será muito bom para o transporte, para a agricultura, para os municípios e para o próprio governo”.



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