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Operário Várzea-grandense sinaliza desistir de contratar o goleiro Bruno

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Divulgação / Reprodução

A pressão popular, que inclui protestos de grupos de mulheres e homens e também a reação contrária de alguns patrocinadores do Campeonato Mato-grossense, começa a surtir efeito na contratação do goleiro Bruno Fernandes pelo Clube Esportivo Operário Várzea-grandense. Nesta quarta-feira (22) a diretoria do clube de Várzea Grande (MT) divulgou um breve comunicado à imprensa no qual informa que está “revendo a possível contratação do goleiro Bruno Fernandes”.

O comunicado é divulgado em menos de 24 horas após o protesto realizado na frente do Estádio Dito Souza, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, na noite desta terça-feira (21). À ocasião, os participantes protestaram contra o Operário e deixaram claro que não aprovam a contratação do goleiro feminicida, condenado a 20 anos de prisão pela morte e ocultação do cadáver da modelo Eliza Samúdio, em 2010, em Minas Gerais.

É a primeira manifestação do Clube Operário após uma série de críticas que vem recebendo de moradores de Várzea Grande e outras cidades mato-grossenses, de entidades ligadas a causas em defesa das mulheres e até de políticos, a exemplo da deputada Janaína Riva (MDB) que usou suas redes sociais para repudiar a contratação.

Ela ressaltou que “não é normal um homem que matou a amante, até hoje não confessou ou se arrependeu, não entregar onde enterrou o corpo (segundo seu julgamento, deu partes do corpo para os cachorros comerem), voltar aos campos e ter uma vida de um cidadão comum. Pior que isso, podendo se tornar um ídolo para as crianças de Mato Grosso, um símbolo de que é possível matar e retomar sua vida como se nada tivesse acontecido”.

O comunicado divulgado pelo Operário diz o seguinte: “Pelo presente, viemos informar que a diretoria do Clube Esportivo Operário Várzea Grandense está revendo a possível contratação do goleiro Bruno Fernandes. Na oportunidade, agradecemos vossa atenção e elevamos a V.Sª. nossas considerações”.

Bruno cumpre pena em regime semiaberto domiciliar após cumprir, no regime fechado, uma parte da pena pelo assassinato de Eliza Samudio, que era sua amante e mãe do filho do goleiro. Os restos mortais da vítima nunca foram encontrados. A Justiça de Minas Gerais já havia autorizado o atleta a se mudar para Mato Grosso para trabalhar. Faltava ainda a Justiça de Mato Grosso se posicionar sobre a possível vinda de Bruno para Várzea Grande.

Patrocinadores reagem

Após a confirmação de que o goleiro Bruno, de fato, viria morar em Várzea Grande para jogar profissionalmente no Operário, pelo menos dois patrocinadores proibiram a veiculação de suas marcas em uniformes do Clube Operário Futebol Várzea-Grandense. O primeiro foi o Sistema de Crédito Cooperativo Sicredi. Depois foi a vez da rede de lojas Eletromóveis fazer o mesmo.

Na Bahia, no começo do mês, o time Fluminense de Feira de Santana desistiu de contratar o goleiro Bruno, após uma jornalista de um programa local fazer uma dura crítica e o vídeo viralizar nas redes sociais.



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