Polícia
Marcelo Cestari pede investigação de promotor de Justiça por improbidade
- Gazeta Digital
O empresário Marcelo Cestari, pai da adolescente que assumiu ter atirado contra Isabele Guimarães Ramos, 14, entrou com um pedido na Corregedoria do Ministério Público do Estado (MPE) solicitando a investigação do promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes. O promotor é um dos responsáveis por acompanhar o inquérito da morte de Isabele, ocorrida em 12 de julho.
Segundo a defesa de Cestari, patrocinada pelo advogado Artur Osti, o promotor de Justiça "violou" o Estatuto da Criança do Adolescente "na medida em que, a despeito do não encerramento dos procedimentos inquisitoriais instaurados em desfavor dos representantes, não só antecipou seu juízo de valor quanto a qualificação jurídica a ser dada aos fatos, como também inovou no conteúdo do IPL, trazendo à tona elementos indiciários sequer produzidos nos autos que tramitam sobre sigilo".
No pedido, Cestari se baseia na entrevista concedida por Fernandes à revista Época, que "independentemente do conteúdo, per si, seria suficiente à sua responsabilização, inclusive administrativa, eis que conferiu publicidade a procedimento investigativo resguardado pelo sigilo, especialmente por envolver a apuração de ato infracional imputado a menor de idade".
Além de apurar o crime de improbidade administrativa, a defesa de Cestari pede que a Corregedoria suspenda a designação do promotor para o caso.
Outro lado
Em nota, o promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes afirmou que o caso ganhou repercussão nacional e por quase 50 dias não se manifestou, mesmo tendo sido procurado por diversos veículos. E que em 28 de agosto, “entendendo ser necessário que a população notasse que o MPE não está alheio ao caso, concedeu entrevista a um jornal e a alguns sites da Capital, expondo sempre questões objetivas, imparciais e sem opinião pessoal, nem mesmo fazendo menção a qualquer fato sigiloso nem a pessoa da adolescente infratora”.
No mesmo dia ele diz ter sido procurado por uma revista nacional e que repetiu as “mesmas informações prestadas aqueles veículos da imprensa local, causando, contudo, total estranheza a matéria publicada no dia seguinte (29/08) contendo argumentos distorcidos, inverídicos e com acréscimo de fatos que sequer tinha conhecimento”.
E que depois disso entrou em contato com o repórter, para retificação na matéria, pois “algumas afirmações absurdas que jamais saíram da boca deste subscritor, mas manteve outras, inclusive as contidas na representação mencionada”. Por isso encaminhou um e-mail à redação da revista expondo a situação, o que irá enviar aos órgãos de controle.
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