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Jaciara

Jaciara com seus 58 anos anos é opção de turismo de aventura

O município tem quedas d´água, rafting, trilhas, pinturas rupestres e um povo hospitaleiro

 | Rogério Danette/ Ascom Jaciara / Nativão / Centro Oerste Rfating
Rogério Danette/ Ascom Jaciara / Nativão / Centro Oerste Rfating

Com forte potencial para se tornar referência em esportes radicais no Brasil, o município de Jaciara (MT), que tem apenas 58 anos, ressalta sua vocação, considera a ‘Capital Mato-grossense dos Esportes de Aventura. Provas de canoagem, rafting, mountain bike e corridas em trilha são opções que podem ser praticadas na região.

Rio Tenente Amaral

O rio Tenente Amaral, ideal para rafting e canoagem, segundo o instrutor Maurício Barleta, tem corredeiras para todos os níveis de dificuldade, de 1 a 4, em águas claras. O percurso, emoldurado por pedras, vegetação do cerrado e três grandes quedas d´água, começa na Cachoeira da Fumaça. No entorno das quedas, formando-se lagos raso e cristalino, de onde partem os botes de rafting.

Na calmaria inicial do rio, dá para apreciar a paisagem. Nem precisa remar. O bote, com sete lugares, desliza na correnteza. À frente, o barulho das quedas avisa que o momento mais 'trash' se aproxima, quando o bote gira de frente, de lado e de costas, podendo inclusive virar no rio, bastante profundo em alguns pontos. Por isso, coletes salva-vidas e capacete são itens obrigatórios.

Apesar do rafting ser um esporte radical, pode ser praticado por pessoas sem experiência. Barleta adverte apenas que, nos trechos mais ousados, os amadores devem sair do rio e atravessar pelas trilhas próximas ao curso da água. No meio do caminho, há bolsões de águas termais, que chegam a 45 graus, propícios para banhos relaxantes. Os guias também costumam fazer paradas para salto livre.

Outra parada durante o percurso é a Toca do Lobo, que tem uma pequena cachoeira, ao lado de um abrigo natural de pedra. No entardecer, os turistas podem visualizar morcegos e outros animais na gruta. De volta ao bote, segue a viagem, que ao todo soma duas horas de percurso. O passeio termina em um balneário, com restaurante, piscina natural e tobogã.

O preço do rafting na descida do rio é R$ 80. As turistas norte-americanas Catherine Raney e Fiona Duffy, da Califórnia, disseram que o passeio vale cada quilômetro rodado para chegar em Jaciara. “É maravilhoso descer este rio, com esse clima, esse vento”, detalha Catherine, que mora há sete meses em Porto Alegre (RS), dando aulas de inglês.

Sítio arqueológico 

Entre os 60 pontos turísticos listados pela prefeitura de Jaciara, um dos destaques é o Vale das Perdidas, que abriga uma rocha com pinturas rupestres de quase 5 mil anos atrás. Os painéis retratam a vida na era paleolítica.

“Aqui temos homens, mulheres, crianças. O homem tem sempre o falo grande e ereto, que é um sinal de poder masculino. Há cenas de sexo grupal, rituais espirituais, animais que pesquisadores não reconhecem”, explica a guia uruguaia Nélida Maneiro.

A região era habitada por indígenas da etnia Bororo, mas, segundo Nélida, não é possível dizer que os traços são apenas deles. De acordo com a guia, podem haver interferências de visitações recentes. Ela mesma lembra ter presenciado alguns universitários tentando arrancar parte da camada rochosa.

O sítio arqueológico fica na Fazenda Paulista. O proprietário, José Ferrario, 52 anos, busca o tombamento da rocha junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural Nacional (IPHAN), mas ainda não conseguiu. “Costumo dizer que esta área não é minha, mas sim está sob minha responsabilidade”.

Infraestrutura local

Em alta temporada, a cidade recebe mais de 3 mil turistas, e os hotéis lotam. É possível buscar abrigo na rede hoteleira das cidades vizinhas no Vale do São Lourenço, como Juscimeira e Rondonópolis, ou acampar ao lado das cachoeiras, já que a prefeitura abriu alguns espaços públicos para uso de barracas.

Com cerca de 30 mil habitantes e apenas 56 anos de fundação, Jaciara precisa ampliar a infraestrutura para receber os visitantes, segundo o prefeito Ademir Gaspar de Lima. Para ele, a cidade abraçou a vocação turística, para alavancar a economia local.

Conforme a secretária municipal de Meio Ambiente, Cenita Maria de Oliveira, a educação ambiental é a principal política pública voltada para a conservação natural. Além disso, a Prefeitura só libera licenças ambientais para obras de médio e baixo impacto.



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