Deputado aguarda janela partidária e deve trocar PSB pelo DEM

O deputado federal Fábio Garcia (PSB) já tem o futuro político traçado. Ele deve deixar o partido e migrar para o DEM, assim que surgir a primeira janela partidária. Todas as articulações políticas já foram feitas, inclusive com conversas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e as lideranças do partido em Mato Grosso, como Jayme Campos, Júlio Campos e o deputado Dilmar Dal'Bosco.
 

A informação foi confirmada pelo próprio Fábio Garcia, durante entrevista ao Jornal da Capital, da Rádio Capital FM. "Eu particularmente já conversei com Jayme, Júlio e Dilmar e se existir uma migração nossa para o DEM, eu quero que ela seja com transparência e respeito. Não como foi a migração do deputado Valtenir Pereira ao PSB", comentou.

Além disso, em Brasília, ele discute com Rodrigo Maia a criação de um programa do novo DEM em jantar que será realizado esta semana na casa do presidente da Câmara. Segundo informou, será um evento para poucos parlamentares.

Apesar das tratativas, Garcia ainda tem a esperança que com a nova composição do diretório nacional do PSB, com eleição marcada para outubro, possa retornar a base partidária que o fez se filiar a sigla, que tem como norte os ideais de Eduardo Campos, falecido em 2014.

A novela sobre o desembarque ou não do grupo de Fábio Garcia do PSB somente terá uma definição após a eleição do diretório nacional. Na balança também estará o peso que uma troca de partido terá, principalmente, em relação a infidelidade partidária.

Vale lembrar que o deputado era o presidente do PSB em Mato Grosso, mas foi destituído do cargo, após votar contra a orientação do partido na Reforma Trabalhista. Garcia votou pela aprovação do projeto do presidente Michel Temer e o partido foi contra. Depois disso, com o manifesto dos demais parlamentares do partido em nível federal e estadual, a destituição foi estendida a outros membros da sigla no estado, o que criou uma revolta entre os filiados ocupantes de cargos como os deputados estaduais Eduardo Botelho, Max Russi e o federal Adilton Sachetti.

Com Fábio Garcia fora do comando do partido, o diretório nacional fez a filiação de Valtenir Pereira a sigla e o colocou na presidência do PSB.