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Agronegócio

Empresa cuiabana desenvolve horta orgânica em casa, condomínio, terreno ou escola

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Divulgação / Reprodução

A vontade de se alimentar melhor e de conhecer a origem dos alimentos faz com que muita gente opte por alimentos orgânicos que são, no entanto, muitas vezes mais caros. Pensando em trazer praticidade a esse público, o agrônomo Aurélio Fogaça Souza criou um projeto de horta orgânica urbana e dá consultoria a pessoas que querem produzir, dentro da própria casa, seus legumes e verduras. 

Aurélio é formado em agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, junto a dois outros colegas, Edvandson Daniel e Dalton Gomes, abriu a empresa HortiPro há nove meses, quando desenvolveu seu primeiro projeto de horta urbana, mas dentro de uma escola. 

“Esse era um projeto social, voluntário, chamado Projeto Hortinha Feliz, em que a gente constrói uma horta dentro da escola para as crianças, e ensina a produzir. Neste caso, era uma parceria da HortiPro com a UFMT”, explica o agrônomo. Assim, a primeira escola a receber a horta foi a Escola Municipal Maria Dimpina Lobo Duarte, no Coxipó, em Cuiabá. “Depois que fizemos lá, mais duas escolas entraram em contato pedindo o serviço”, lembra. 

Depois do trabalho voluntário, os sócios decidiram desenvolver o projeto comercialmente e com diferentes objetivos. Um deles é o de construir hortas orgânicas em casas, empresas, e hortas comunitárias em condomínios. “Só precisa de uma área que seja exposta ao sol e, dependendo do terreno, pode precisar de terra preta, se não tiver um solo fértil, se for pedregoso por exemplo”, explica Aurélio. 

O tamanho do espaço não precisa ser muito grande, já que a horta pode ser desenvolvida, por exemplo, em pallets. “Nós adaptamos à realidade do cliente mesmo. E aí ele pode produzir folhas no geral, beterraba, cenoura, pepino... depende do espaço”, afirma o agrônomo. 

Para manter o conceito de comida limpa e orgânica, ou seja, livre de aditivos e defensores agrícolas químicos, Aurélio explica que é possível utilizar repelentes feitos com produtos naturais. “Como é uma área pequena, é muito mais fácil fazer o controle de pragas também”, explica. 

Terrenos baldios

Outro projeto da HortiPro é a transformação de terrenos baldios da cidade em hortas urbanas. Segundo Aurélio, o projeto seria benéfico tanto para os donos dos terrenos quanto para as empresas, e o lucro seria divido.

“Quem tem um terreno baldio tem que pagar o IPTU para a prefeitura e ainda está sujeito a multas. Na seca, por exemplo, se o terreno pegar fogo, pode chegar a R$8 mil de multa. Nossa ideia é dar uma utilidade a este terreno”, explica. 

Assim, seria feito um acordo entre a empresa e o dono do espaço. A HortiPro assume o pagamento do IPTU e cuida da horta, produção, manutenção e comercialização. Depois, combinam com o proprietário uma porcentagem que fica da venda para cada um. O projeto é, no futuro, abrir quitandas de alimentos orgânicos pela cidade. 

Segundo Aurélio, a alimentação mais saudável, preocupada principalmente com a origem dos alimentos, é uma tendência. “Eu acho que nas grandes cidades temos três principais problemas: pessoas estressadas por causa da rotina, baixo desenvolvimento social e a alimentação que não é saudável. As hortas urbanas podem ser uma forma de sair da rotina e desestressar, nosso trabalho social nas escolas ajuda um pouco com o desenvolvimento social e, ainda por cima, leva alimentos mais saudáveis à população”, finaliza. 



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