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Agronegócio

Integração Lavoura-Pecuária avança e chega 1,5 milhões de hectares em Mato Grosso

O destaque tem sido o investimento de pecuaristas neste sistema, até pouco tempo adotado principalmente pelos agricultores; são cerca de 10% de aumento

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Divulgação / Reprodução

As perspectivas do sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) para os próximos anos são animadoras e tem levado cada vez mais produtores a aderirem ao modelo de produção, que já atinge 11,5 milhões de hectares em todo país. Atualmente, Mato Grosso responde por 13% de toda essa área, ocupando a segunda posição em utilização do sistema, atrás apenas do vizinho Mato Grosso Sul, onde a área de ILP chega a 2 milhões de hectares.

Os dados e projeções foram apresentados durante o Iº Encontro do Sul de Mato Grosso de Integração Lavoura-Pecuária realizado no campus da Universidade Federal de Mato Grosso, em Rondonópolis, nos dias 6 e 7 de abril. O evento foi organizado pelo Grupo de Pesquisa e Inovação de Sistemas Puros e Integrados de Produção (GIPSI), formado por cerca de 60 pessoas entre professores e estudantes de graduação e pós-graduação das áreas de Agronomia, Biologia, Engenharia Florestal, Engenharia Agrícola e Ambiental, Zootecnia, que há quatro anos se dedica aos estudos e pesquisas nesta área. 

De acordo com o professor doutor e um dos coordenadores do Encontro, Edicarlos Damacena, em cinco anos, a área de ILP no Brasil saiu de 5,5 milhões para os atuais 11,5 milhões. O destaque tem sido o investimento de pecuaristas neste sistema, até pouco tempo adotado principalmente pelos agricultores. São cerca de 10% de aumento em áreas prioritariamente de pecuária nos últimos anos.

 “É um caminho sem volta. O sistema é viável, já temos dados mostrando que, para quem faz integração, a lucratividade é maior, as chances de ter prejuízos na segunda safra, principalmente, em função de veranicos é reduzida, porque o pasto é menos suscetível ao déficit hídrico”, afirmou o professor.

Ele destacou que o objetivo do evento foi promover a integração de produtores, técnicos e estudantes com as tecnologias disponíveis e apresentar estudos de viabilidade que vem sendo realizados especialmente em Mato Grosso. Entre os temas abordados durante os dois dias estiveram os Avanços técnico-científicos em ILP e perspectivas na região do Cerrado; ILP como alternativa para solos arenosos; Adubação de sistemas em ILP: como potencializar o efeito das adubações com a ciclagem de nutrientes?; Manejo e produção animal em ILP.

Para fechar o evento o tema foi a “Implantação de pasto: chave para o sucesso na ILP; ILP na Unidade de Referência Gravataí: produção vegetal e animal”, que mostrou o desenvolvimento das pesquisas do grupo. As palestras foram ministradas por professores e pesquisadores da Embrapa Agrosilvipastoril, Unoeste, de São Paulo, além da UFMT, empresas privadas e a Unipasto.

  Para a professora da UFMT e coordenadora do Encontro, doutora Francine Damian da Silva, os resultados obtidos na URTe Gravataí mostram como o sistema tem sido satisfatório. “Graças ao empenho dos nossos alunos e parceiros os experimentos tem sido altamente eficazes”, afirmou a professora, que apresentou fotos e relatou o desenvolvimento das pesquisas.

Além dos professores Edicarlos e Francine, o GIPSI também tem a coordenação dos professores doutores Carlos Eduardo Avelino Cabral e Leandro Pereira Pacheco. Para a engenheira agrícola e ambiental, Juliana Mendes Andrade, mestranda em Engenharia Agrícola, o evento permitiu uma ampla discussão de toda a cadeia produtiva e que é contemplada na ILP.

“Não há dúvidas da viabilidade do sistema e o encontro mostrou como o envolvimento de agricultores, pecuaristas com a área de pesquisa vem agregar. Reunimos hoje pessoas que vieram de várias cidades como Poxoréu, Barra do Garças, Itiquira, Campo Grande, Campo Verde, o que mostra o interesse na área”, afirmou a mestranda que faz parte do Grupo de Pesquisa.

DIA DE CAMPO - O evento terá continuidade no dia 01 de junho, durante o Dia de Campo na Fazenda Gravataí, em parceria com a Rede Fomento – rede nacional composta por empresas que financiam as pesquisas.



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