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Semifinal

Não adianta bater: Brasil supera violência colombiana e vai pegar Honduras na semifinal

Neymar marca seu primeiro gol na Olimpíada, em jogo dividido entre pancadaria e tensão: zagueiros brilham, Luan decide, e seleção vai ao Maracanã na quarta-feira para brigar por lugar na decisão

 | G1
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RESUMÃO

O JOGO

Briga, provocação, rivalidade à flor da pele. A Colômbia pegou pesado nas faltas, mas não adiantou: em um bom dia de Neymar, a seleção brasileira venceu o rival por 2 a 0 neste sábado, em São Paulo, e garantiu a vaga na semifinal do futebol olímpico com belos gols do camisa 10 e de Luan. Faltam dois jogos para o ouro inédito. O próximo rival será Honduras, na próxima quarta-feira, às 13h (de Brasília), no Maracanã. Para chegar ao Rio, não faltou emoção na Arena Corinthians, ou pela pancadaria maluca do primeiro tempo, em que a Colômbia bateu à vontade e recebeu um revide de Neymar – o árbitro turco Çuneyt Çakir não expulsou ninguém –, ou pela boa atuação no segundo tempo, aberto, com o perigoso Borja na frente. Os zagueiros do Brasil deram show.

PRIMEIRO TEMPO

O imbatível judoca francês Teddy Riner, o medalhista do boxe Robson Conceição ou nossa querida e dourada Rafaela Silva talvez pudessem falar melhor do primeiro tempo na Arena Corinthians. Num jogo com mais “ippon”, “yuko” e “wazari” do que tabelas e dribles, o gol só poderia sair de falta. Neymar, de longe, numa barreira pessimamente armada por Bonilla. Foi seu primeiro na Olimpíada. Falta, porém, ele já sofreu dezenas. A Colômbia fez rodízio para bater no atacante, que revidou quando não houve devolução de bola, o famoso fair-play. O judô olímpico virou UFC. O espírito olímpico disse “adiós”. Tapa pra cá, chute pra lá. E a se destacar no resto da primeira etapa, a atuação perfeita do zagueiro Rodrigo Caio.

SEGUNDO TEMPO

Borja entrou e a Colômbia trocou o UFC pelo futebol. Com mais gente à frente, travou a evolução do Brasil pelo chão, mas parou nos imbatíveis Marquinhos e Rodrigo Caio. Rogério Micale trocou Gabriel, em atuação abaixo de sua média na Olimpíada, por Thiago Maia, e o Brasil sofreu por alguns minutos. Valeu para ver o tamanho da dedicação, até mesmo de Neymar, que correu enlouquecidamente para tentar fechar os espaços. A Colômbia, sem conseguir passar pelos zagueiros, abusou de chutes errados de longe. Luan ensinou. Encobriu Bonilla e, com um belo gol, garantiu o Brasil na semifinal.

PRÓXIMOS JOGOS

Na próxima quarta-feira, o Brasil vai enfrentar Honduras, às 13h, no Maracanã, pela semifinal olímpica, em busca da segunda final consecutiva, já que em 2012 perdeu para o México e ficou com a prata. A outra semifinal será disputada entre Alemanha e Nigéria, às 16h. Os vencedores se enfrentarão na decisão de sábado, também no Rio de Janeiro.

PÚBLICO

O público na Arena Corinthians foi de 41.560. Foi o primeiro e último jogo do Brasil no estádio de São Paulo nessa Olimpíada.

FIM DO JEJUM, MAS...

Neymar não fazia um gol pela seleção desde setembro de 2015, quando marcou dois na vitória por 4 a 1 sobre os Estados Unidos, em amistoso. Desde então, foram só sete jogos, entre eliminatórias, amistosos e Olimpíada, em razão das muitas suspensões que teve. Mas, atenção! O gol deste sábado não conta na estatística da Seleção principal, assim como os jogos da Olimpíada, uma equipe com limite de idade. Pelo time de cima, ele segue com 46 gols em 70 partidas.

ZERADOS

O Brasil conseguiu passar à semifinal sem jogadores suspensos. Rogério Micale terá todo o grupo à disposição para o duelo contra Honduras. Estavam pendurados os zagueiros Rodrigo Caio e Marquinhos, o lateral-esquerdo Douglas Santos e o atacante Gabriel Jesus. Agora, os cartões amarelos de todas as seleções estão zerados para que não haja atletas suspensos na final.

NINGUÉM PASSA

Contando o amistoso contra o Japão, já são cinco jogos sem a seleção olímpica levar gols, e contra a Colômbia, Marquinhos e Rodrigo Caio tiveram atuações impecáveis, principalmente no segundo tempo, quando Borja entrou e deu muito trabalho ao Brasil. Borja é aquele mesmo que fez quatro gols no São Paulo pelo Atlético Nacional, na semifinal da Libertadores. Os zagueiros brasileiros deram show de posicionamento, velocidade e desarme.

RE"NOVE" AUGUSTO

Contra o Iraque, Renato Augusto pediu para “virar 9”, ou seja, se adiantar à posição de centroavante no segundo tempo, porque achou que faltava profundidade à equipe. Dessa vez, diante da Colômbia, Micale usou a versatilidade do camisa 5 por conta própria. Ao trocar Gabriel por Thiago Maia, fortalecer o meio-campo e formar duas linhas de quatro, ele adiantou Renato Augusto para o lado de Neymar. Não surtiu efeito, já que a qualidade na saída de bola e as jogadas de fundo ficaram comprometidas.



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