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Polícia

Esteticista que teve braço quebrado por policial fará nova cirurgia

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Divulgação / Reprodução

Operada após ter o braço quebrado pelo policial civil Wusguesley Cavalcante Pereira, a esteticista Dediane da Silva Coelho passará por nova cirurgia e seus advogados pedem novos exames. Além do dano físico e estético, a mulher teve a renda familiar comprometida, já que as massagens são sua principal fonte de renda e ela está parada desde 26 de julho, quando houve o crime de lesão corporal.

A confusão que culminou na fratura ocorreu na conveniência de um posto de combustíveis, situado na saída de Cuiabá para Chapada dos Guimarães. Dediane e uma amiga se desentenderam com outras mulheres e houve agressão física. O policial a imobilizou e quebrou o braço em dois lugares.

Segundo a vítima, toda a confusão começou porque as mulheres na mesa vizinha, teriam assediado Dediane e amiga. Dediane e a mulher já se conheciam, pois a segunda é prima do marido da vítima.

Em seu depoimento prestado à Polícia Civil, no dia 6 de agosto, Dediane contou que conhecia o policial pois ambos são representantes de vendas do mesmo produto. Disse ainda que ele tentou proximidade anteriormente, mas que recusou por ser casada. Afirmou que ele trabalha em Pontes e Lacerda (448 km a oeste da Capital), mas mantém casa em Cuiabá, onde fica quando não está de plantão.

No dia da confusão, eles não se falaram e o único contato foi no momento da briga. Após perceber que a mulher estava machucada, ele dizia que não era para chamar a polícia, pois era policial. Ainda ofereceu ajuda para levar Dediane ao hospital, mas ela recusou. “Claro que ela não ia entrar no carro da pessoa que acabava de quebrar seu braço”, informou o advogado Givanildo Gomes, que atua na defesa de Dediane.

No depoimento, a mulher conta que não consegue trabalhar. Antes do fato, atendida cerca de 10 clientes diariamente, entre segundo e sábado, mas por estar com o braço engessado não tem conseguido prestar os serviços estéticos o que comprometeu sua renda e pagamento de contas básicas. Além disso, há as dores e o abalo psicológico.

A Corregedoria da Polícia Civil já abriu sindicância para apurar a conduta do servidor e o procedimento é conduzido pelo delegado Guilherme Berto Nascimento Fachinelli. A defesa de Dediane, feita por Gomes e Waldir Caldas, pediu cópia dos documentos da polícia e que a mulher seja submetida a nova perícia em 30 dias. Um exame de corpo de delito complementar deve ser feito no dia 1º de setembro.

Gravidez

A outra mulher envolvida na briga informou que depoimento que estava grávida e que as agressões de Dediane causaram a perda do seu bebê. Em nota, a defesa de Dediane alegou que exame médico comprovou que a mulher havia perdido a criança semanas antes. “(...) trata-se de um aborto retido de aproximadamente 6,5 semanas, o que pode evidenciar que em 26/07/2020 data das agressões sofridas por Dediane, já tinha abortado semanas antes”, diz trecho da nota.

Ao advogados informam que representaram criminalmente os envolvidos na confusão e devem também mover ação por danos morais e estéticos.



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