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Polícia

Colunista social de MT será investigada por defender AI-5

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Divulgação / Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação contra a colunista social Roseli Arruda Ferri e demais participantes da manifestação que pediu a intervenção militar e o retorno do Ato Institucional nº 5, conhecido como AI-5, baixado em dezembro de 1968, durante a ditadura militar no Brasil.

O pedido foi feito pelo advogado Paulo Lemos e a investigação será conduzida pelo procurador da República, Carlos Augusto Guarilha de Aquino Filho.

Lemos solicita que o MPF apure fatos criminosos, como a entrevista da colunista social, que segundo ele, seria “inconsequente, desumana e emblemática fala, amenizando, entretanto endossando, o crime imprescritível e inafiançável da tortura durante a ditadura militar, em conexão e concorrência aos demais, intervenção militar e fechamento dos Poderes da República, exceto o Executivo”, diz trecho do pedido.

 No pedido o advogado ainda solicita que o MPF descubra quem convocou e organizou a manifestação em Cuiabá contra os chefes Poderes e instituições democráticas, “numa afrontosa propaganda, incitação e apologia à subversão do regime onde a soberania é do povo, não dos generais, em frente ao 44º Batalhão do Exército, em Cuiabá”.

A manifestação foi realizada no dia 19 de abril em frente ao 44º Batalhão do Exército, onde os manifestantes saíram em carreata pelas ruas da capital declarando apoio ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). Vestidos de verde e amarelo e com bandeiras brasileiras, seguravam cartazes com frases que pediam intervenção militar.

“Intervenção militar já! Com Bolsonaro no poder!”, pedia uma das manifestantes com um cartaz na mão. “SOS militares, fechem o Congresso e o STF”, dizia outro cartaz.

Esta é a primeira investigação do tipo em Mato Grosso e deverá subsidiar a investigação da Procuradoria Geral da República (PGR), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dois dias depois das manifestações pelo país.

‘Bandidos do STF e Congresso’
Procurada pela reportagem, o advogado de Roseli, Marcos Gattas, afirmou que ainda não conhece o teor da investigação, mas que a sua cliente está tranquila. “Cabe ao MPF investigar e nós vamos apresentar a defesa. Simples”’, disse.

Questionado o fato da colunista ter carregado cartazes pedindo intervenção militar e a reedição do AI-5, Gattas afirma que o desejo dela não é o que estava nos cartazes.

“São um povo sofrido e cansado de tanta corrupção. O que eles queriam dizer é que querem que a polícia prenda os bandidos. Eles não sabem expressar o que desejam”, disse.

“O que foi pedido é que a polícia prenda os bandidos do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Apenas isso. Não essa história de intervenção militar”, completou.



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