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Polícia

Força Tática prende homem que assediou sexualmente de miss em Rondonópolis

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Divulgação / Reprodução

A Força Tática da Polícia Militar de Rondonópolis prendeu na tarde desta terça-feira (28) o suspeito de assediar sexualmente a modelo e Miss Mato Grosso, Ingrid Santin.

Na segunda-feira (27) a modelo denunciou que um homem de motocicleta havia a perseguido e assediado sexualmente em Rondonópolis.

Após isso, a Agência Regional de Inteligência realizou diligências e conseguiu localizar e deter o indivíduo.

Além disso, a Polícia Militar relatou que o suspeito já foi preso outras três vezes pelo mesmo crime.

O caso

A modelo e miss Mato Grosso 2019, Ingrid Santin, gravou um vídeo de sete minutos em seu perfil no Instagram nesta segunda-feira (27); onde relata que foi perseguida e assediada por um homem que estava em uma motocicleta, no último domingo (26) em Rondonópolis.

Ingrid conta que era por volta das 15h30 e estava de motocicleta a caminho da casa de sua irmã quando percebeu que estava sendo seguida pelo agressor. A modelo tentou ultrapassar uma caminhonete modelo Chevrolet S-10 que estava à sua frente como uma forma de se livrar do suspeito ou inibir possíveis atitudes.

“Percebi que uma caminhonete estava na minha frente e o pensamento foi: ‘Vou alcançar essa caminhonete, ultrapassando e ele fica para trás, ou ultrapasso, para poder andar na frente e as pessoas que estão a caminhonete vão estar me vendo e então isso vai impedir algo de acontecer’”, relatou.

Ingrid disse que não conseguiu alcançar a caminhonete e, em questão de segundos, quando viu o homem já estava do seu lado e colocou a mão entre as pernas, tocando as partes íntimas da jovem.

“Ele conseguiu se aproximar e ficar bem do meu lado e colocou a mão entre as minhas pernas, nas minhas partes íntimas, e apalpou”, descreveu.

Ao recordar dos momentos de desespero, Ingrid, que carrega dois títulos de Miss, Rondonópolis e Mato Grosso 2019, não consegue conter as lágrimas e chora ao relatar o assédio.

Conforme relato da modelo, na tentativa de se livrar do suspeito, a vítima começou a gritar e buzinar desesperadamente, puxando sua moto para o lado oposto e quase caiu.

“A minha reação foi puxar a moto para o outro lado, quase cai. Puxei a moto e comecei a gritar e a buzinar incansavelmente. Não tinha ninguém na rua. Ele continuou acelerando e virou na rua seguinte. Eu estava muito desesperada, com muito medo e continuei acelerando até a casa da minha irmã. Ela me acolheu”, desabafou Santin.

A jovem conseguiu mostrar imagens de câmeras de segurança onde aparece o suspeito a perseguindo pelas ruas.

Descaso na Delegacia

Na manhã desta segunda-feira (27), a vítima relata que se sentiu ainda mais humilhada ao tentar registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.) na Delegacia da Mulher e o sentimento que ela teve foi de decepção, descaso e desproteção por parte da segurança pública.

“Hoje fui até a Delegacia da Mulher fazer o boletim de ocorrência e me senti extremamente humilhada. Hoje percebi porque tantas mulheres talvez não denunciam ou quando denunciam mesmo assim acontece algo depois. Infelizmente, percebi um sistema que não é efetivo”, afirmou.

Ao ser atendida por uma policial que colheu seu depoimento, a vítima desabafa que em determinado momento, a escrivã a questionou se ela conseguiu anotar a placa da moto do suspeito.

Ingrid disse que não pensou nisso quando estava sendo molestada, mas que se lembra de características do veículo e das roupas do suspeito.

No entanto, a policial disse que sem essa informação, não poderia registrar o B.O., pois não conseguiria encontrar o suspeito.

“Ela me disse que não poderia realizar o boletim de ocorrência sem a placa da moto porque não faria sentido, não teria como identificar o suspeito. E aí, eu me pergunto? Sou eu cidadã e vítima que tenho que identificar a placa e o suspeito? Sou eu que tenho que ir atrás? Ou isso é uma obrigação e dever da Polícia?”, indagou a vítima.

Visivelmente abalada, Ingrid relata que insistiu em fazer o boletim de ocorrência que foi registrado como natureza diversa e não como assédio.

Além disso, ela ainda desabafa que sente medo de andar na rua e pensa nas mulheres que não tiveram tanta sorte como ela.

“Me pego pensando nas mulheres que não tiveram a mesma sorte que eu de não ter acontecido nada além disso, as mulheres que não conseguiram fugir, que não conseguiram ter a mesma sorte. Até quando vamos viver com medo? Até quando vamos temer por andar na rua? Eu só temo”, finalizou a Miss.

Outro lado

A Polícia Civil admitiu que foi questionado se a vítima tinha informações sobre a placa da moto que a perseguiu, mas informou que o B.O. foi registrado mesmo assim.

De acordo com a instituição, os policiais são obrigados a colher o máximo de informações possíveis para identificar o suspeito.

Em nota, a Polícia ainda afirmou que a delegada responsável pelo caso já determinou diligências para identificar o homem.

Além disso, a corporação ainda reforçou que será investigado internamente se houve algum tipo de falta disciplinar por parte de algum servidor da Polícia Civil durante o atendimento à miss.



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