Polícia
Defensora revela que jovem está grávida de caminhoneiro acusado de infectar mulheres em Cuiabá
A informação foi confirmada na manhã desta quarta-feira pela coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Mato Grosso, defensora Rosana Leite
- Repórter MT
A Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Mato Grosso, a defensora pública Rosana Leite Antunes de Barros revelou na manhã desta quarta-feira (4), que umas das vítimas do caminhoneiro Haroldo Duarte Silveira, de 32 anos, acusado de transmitir de forma intencional o vírus do HIV para várias mulheres, está grávida de aproximadamente 7 meses.
Segundo a promotora, que acompanha o caso, a vítima descobriu da doença do ex-parceiro antes da prisão.
“Ela ficou sabendo só depois da gravidez que estava se relacionando com alguém com Aids”, explicou a defensora.
Rosana ainda contou que consultou profissionais da área de saúde e que a criança não necessariamente nascerá com o vírus da doença.
O caso já conta com um total de seis vítimas. De início foi contabilizado um grupo de quatro mulheres, e uma quinta situação era investigada, que posteriormente foi confirmada. A sexta mulher se manifestou de forma espontânea, após a veiculação das notícias sobre Haroldo.
A defensora explicou que o transmissor sabia dos riscos da sua condição e que chegou a realizar o tratamento por um tempo, mas depois parou. Ele criava vínculo com as vítimas, se relacionava de forma séria e falava de planos futuros.
Rosana defende que o caso se enquadra em tentativa de feminicídio, visto que Haroldo tinha dolo, a intenção de infectar as pessoas com quem se relacionava, tendo a ciência de que Aids que não tem cura.
O caso
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) cumpriu quatro mandados de prisão contra Haroldo Duarte Silveira por tentativa de feminicídio. Ele foi acusado de transmitir o vírus da HIV a várias mulheres, propositalmente.
Umas das vítimas alega que ele sabia da sua condição há 12 anos.
Preso, o caminhoneiro confessou os crimes e foi encaminhado Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo Carumbé.
As mulheres afirmaram aos investigadores que durante as relações sexuais o investigado em momento algum anunciou ser portador de doença ou usou qualquer tipo de proteção.
A materialidade foi verificada após exames laboratoriais das vítimas e do acusado, o qual sequer poderia alegar desconhecer carregar o vírus.
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