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Polícia

Ação conjunta da Sinfra, GTCC e Defaz leva lobista à prisão por corrupção ativa

Denúncia partiu dos próprios servidores que foram abordados por “procurador” de várias construtoras mas recusaram as propinas

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Divulgação / Reprodução

Uma ação conjunta da Sinfra (Secretaria de Infraestrutura), Defaz (Delegacia Fazendária) e GTCC (Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção) resultou na prisão do lobista C.E.L.H na terça-feira (31.01), por corrupção ativa, em flagrante de delito. O lobista ofereceu dinheiro a vários servidores da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) para obter vantagens para as empresas representadas, tais como liberação de pagamentos sub júdice e cancelamento de rescisão contratual unilateral, entre outros.

Em um dos casos o lobista tentava reverter administrativamente a decisão da secretaria que rompeu o contrato com uma empreiteira que prestava serviço ao Estado. Em outros, o suspeito tentava quebrar a cronologia de pagamentos de medições que aguardam a conclusão de auditorias para checar a autenticidade e legitimidade dos débitos alegados.

A partir da denúncia dos próprios servidores, o secretário Marcelo Duarte acionou o Gabinete de Combate à Corrupção e a Delegacia Fazendária, que investigaram o caso em conjunto, reunindo várias provas da ação do lobista, como abordagens feitas pessoalmente e também pelo aplicativo WhatsApp. Ele tentava marcar encontros fora da secretaria e chegou a ir à residência de um dos servidores. Apesar da insistência e dos altos valores oferecidos, nenhum dos servidores abordados aceitou as propinas oferecidas.

O secretário Marcelo Duarte enalteceu a postura dos servidores da pasta, afirmando que “embora seja uma obrigação ser honesto, nem todos têm coragem, porque acabam se expondo; por isso os servidores merecem o nosso reconhecimento pela postura e pela coragem. Fico feliz por ter uma equipe que compreendeu a filosofia do nosso governo, de tolerância zero com a corrupção. E todos aqueles que nos abordarem com esse tipo de proposta terão o mesmo tratamento”.

NO PAPEL

Quando foi preso em flagrante nesta terça, o suspeito abordou pessoalmente um servidor da Sinfra e anotou em um papel o valor da propina que daria pelo atendimento de seu pedido.

No caso da obra que teve o contrato rescindido recentemente, o lobista ofereceu a quantia de R$ 20 mil a um servidor do setor jurídico da Sinfra para que fosse alterado o parecer que apontou para o rompimento do contrato com a empreiteira. A empresa que ele alega representar já tinha recorrido à Justiça para manter o contrato, porém seu pedido foi indeferido judicialmente.

Já em outro caso, o lobista ofereceu a quantia de R$ 100 mil a uma servidora para que agilizasse o pagamento de passivos para seis empresas que prestaram serviços à Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) na administração anterior. Os pagamentos foram suspensos e passam por auditagem para comprovar a realização dos serviços alegados. O lobista ainda atuou de forma ostensiva oferecendo propina a outros servidores, quando obtinha a recusa.



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