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Corolla, Strada e Hilux são os carros mais visados por criminosos em MT; Derfva prendeu 295

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Divulgação / Reprodução

Um levantamento feito pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), da Polícia Judiciária Civil (PJC), apontou que os carros mais visados por criminosos em Mato Grosso são Corolla e as caminhonetes Strada e Hilux, além das motocicletas e carros populares. As ações da Derfva já resultaram na prisão de 295 pessoas até o início de dezembro deste ano.

Segundo a Derfva, os carros escolhidos nas ações criminosas são dos mais variados modelos: populares, motocicletas, Corolla e as caminhonetes Strada e Hilux, que têm como principal destino a fronteira com a Bolívia e também o Paraguai, de onde retornam na forma de drogas, armas e explosivos. Há também veículos que são levados durante assaltos em residências e usados em outros crimes contra o patrimônio, até mesmo no tráfico de drogas.
 
Muitos dos roubos são feitos sob encomenda por quadrilhas que agem em três modalidades criminosas (troca por drogas, clonagem e o desmanche), com o objetivo de lucrar com o roubo e o furto de veículos. No topo, geralmente, estão presidiários orquestrando assaltos de dentro da cadeia, que do lado de fora que são cometidos pelos chamados “soldados”. Em alguns casos, foi identificada a presença de menores recrutados para os crimes.
 
A repressão diária aos roubos e furtos de veículos levou à prisão de quase 300 criminosos que agem na região metropolitana. Foram 204 pessoas presas em flagrante e 91 em cumprimento de mandados de prisão, totalizando 295 presos no ano de 2016, em investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), da Polícia Judiciária Civil (PJC). Os resultados também alcançaram 130 operações deflagradas.
 
“Dessas prisões foi possível tirar de circulação grande quadrilhas que vinham agindo na região metropolitana. Quadrilhas essas, especializadas em roubos de veículos das diversas formas, aquelas que visam adulterar o veículo e comercializar para o interior,  revenda de peças de veículos roubados em outros estados e também atravessar a fronteira com a Bolívia e o Paraguai, para trocar por drogas e armas”, disse o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, titular da Derrfva.
 
As ações, frutos de investigações comandadas pela Especializada de Roubos e Furtos e Veículos, das rondas ostensivas da Polícia Militar e monitoramento aéreo realizado pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), apoiadas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de denúncias da população, culminaram também na recuperação de 2.602 veículos, até o começo do mês de dezembro.
 
“Devemos isso à integração das forças da Segurança Pública. Diversas operações com o apoiao do Ciopaer,  Detran, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e a Politec, sempre nossos grandes parceiros”, pontuou  o delegado.
 
Inquéritos policiais
 
Em 781 inquéritos policiais, foram mais de 1.300 pessoas indiciadas em crimes ligados à subtração de veículos. Somando-se a 35 termos circunstanciados de ocorrências (TCO), são 816 procedimentos policiais concluídos até início de dezembro, nas investigações presididas por apenas três delegados, o titular Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, e seus adjuntos Marcelo Martins Torhacs e Adriano Henrique Sanches Santos,  acompanhados de escrivães e investigadores.
 
Também foram realizadas 130 operações policiais contra organizações criminosas especializadas em roubos, adulteração, receptação, desmanche, fraudes na inserção de dados do sistema do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), falsificação de documentos de veículos, entre outros crimes correlatos.
 
Fraudes documentais
 
Conforme a assessoria de imprensa, o trabalho conjunto da Polícia Civil com o Departamento Estadual de Trânsito, por meio da Coordenadoria de Fiscalização de Credenciados, levou à prisão de 138 pessoas, entre os anos de 2015 (50) e 2016 (88), por suspeitas de fraudes documentais, inserção de dados falsos e corrupção de servidores públicos. Entre os presos estão despachantes, servidores e falsos servidores.
 
“Devemos isso à atuação dos policiais civis cedidos ao Detran e do apoio da Polícia Civil nas ações de fiscalização e repressão a atos ilícitos na autarquia”, observou o presidente do Detran, Arnon Osny Mendes Lucas.
 
Em uma das operações, a “Hidra de Lerna”, foram presos 15 membros de dois grupos criminosos, um instalado na 5ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Várzea Grande, e outro na Agência Municipal de Trânsito de Nossa Senhora do Livramento (42 km ao Sul de Cuiabá), que estavam articulados para prática de crimes diversos como corrupção passiva e ativa, falsidade documental e inserção de dados falsos no Detrannet.
 
A operação, realizada em novembro pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos, em conjunto com o Detran, descobriu que despachantes ofereciam  “facilidades” de serviços que eram realizados por servidores do Setor de Vistorias do Detran, como agendamentos “vip”, e também suspensão de multas e pontos na carteira de habilitação, junto à  Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) da Prefeitura de Cuiabá.
 
O nome “Hidra de Lerna” remete ao animal da mitologia grega, com corpo de dragão e nove cabeças de serpentes, hálito venenoso e que se regenerava.



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