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Mato Grosso

Contrato de submissão: Caso do advogado que subjugou garota pobre não deve ser considerado normal

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Divulgação / Reprodução

O caso de um advogado de Cuiabá que enviou contrato de submissão sexual à Justiça viralizou nos últimos dias nas redes sociais. O advogado foi contratado para acionar uma seguradora (Seguros Sura) que se recusou a reembolsar a sua cliente após o roubo de um aparelho celular.

O advogado deveria anexar no processo o contrato do seguro, mas acabou anexando outra coisa, o contrato dele com a mesma cliente estipulando deveres sexuais de “Dominador” (advogado) e “Submissa” (cliente), nos mesmos moldes do filme “50 Tons de Cinza”.

O filme inspirador mostra o romance entre a estudante inexperiente Anastácia e o atraente e milionário Grey dentro dos prazeres do sadomasoquismo. O romance foi um sucesso de bilheteria. Porém, a discussão provocada pelo filme não passou do fetiche sexual entre dominadores e submissas, e embora esteja no campo da ficção, acabou influenciando comportamentos idênticos.

O caso do advogado e da sua cliente em Cuiabá também é uma mistura dos “Sugar dating”, em que uma das pessoas, a mais jovem e mais pobre, é sustentada financeiramente por outra, normalmente muito mais velha e com mais dinheiro, e os “Casamentos por prazer”, que ocorrem entre os muçulmanos.

Curioso que o contrato cuiabano estipule o prazo de relacionamento de três meses. O mesmo período estipulado por alguns religiosos muçulmanos quando um homem contrata os serviços sexuais de uma mulher por um curto período e legalmente fica responsável por ela por até três meses. O contrato muçulmano é para dar alguma garantia a mulher em caso de gravidez.

O advogado de Cuiabá não é rico. É apenas um homem de meia idade, solteiro, com filhos, recém-formado, que tenta se firmar na profissão. O Muvuca Popular conseguiu identificar, com exclusividade, a identidade de ambos. O dominador mantém uma página sem o seu nome real, onde posta fotos aparentando uma vida de luxo, viagens e curtição e tem uma relação de amigos virtuais composto escencialmente por mulheres jovens de classe média baixa. O mesmo padrão da cliente “Submissa”.

A cliente é uma jovem garota, bela, estudante, solteira e tem um filho. O ex-companheiro dela responde a um processo por agressão (Lei Maria da Penha), mas no mesmo ano ele se casou com outra jovem mulher, com quem teve uma filha, e as coisas entre eles se acalmaram. Ele tentou ser policial, e a continuar estudando, mas ainda não conseguiu.

Ela seguiu seu caminho e acabou entrando na rede dady, aceitando ser a 'submissa" do caso amplamente divulgado nas redes sociais nesta quinta (9).

O contrato de dominação assinado pelo casal cuiabano tanto pode ser um fetiche entre os dois, ou algo prazeroso entre as partes, quanto pode ser a dissimulação da exploração de uma jovem desafortunada e desprotegida, por outro que está em melhores condições, ainda que seja do mesmo estrato social. É claro que um contrato de dominação por si só é uma perversidade, ou parafilia (distúrbios psíquicos que se caracteriza pela preferência ou obsessão por práticas sexuais socialmente não aceitas como a pedofilia, o sadomasoquismo, o exibicionismo etc).

As autoridades de direito, especialmente as de Defesa da Mulher, deveriam estar atentas a ocorrências desse tipo. Pode não ser nada, ou pode ser um padrão de comportamento que viola os direitos da mulher mato grossense.

A identidade da 'cliente' será preservada, mantendo assim o compromisso deste portal, homenageado este ano pelo Instituto da Família e da Mulher +Q vencedoras, como site "amigo das mulheres".



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