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Mato Grosso

Sindicato vê discrepância entre lucro de R$ 712 mi da Energisa, mau serviço e diminuição de pessoal

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Divulgação / Reprodução

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Mato Grosso manifestou apoio à audiência pública, que será realizada no dia 15 de outubro, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, com objetivo de debater a qualidade dos serviços prestados pela Energisa. A categoria cita a discrepância entre o lucro líquido de R$ 712 milhões desde que a empresa começou a atuar e as condições precárias de serviços dos funcionários, além da diminuição de pessoal.

Segundo a categoria, muitas vezes os trabalhadores têm sofrido violência física e moral, como se fossem os responsáveis pela precarização dos serviços e a prática de preços muito acima da inflação.
 
Em outubro, o sindicato entregou carta questionando a precarização da qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica, causadas pela redução da Força de Trabalho e devido às práticas da administração da Empresa, enquanto que a conta de energia elétrica, entre os anos de 2014 a 2019, sofreu reajuste de 65,76% e a inflação foi de 29,59%, portanto, 36,17% acima da inflação.
 
“Cabe registrar que, no ano de 2014, o Lucro Líquido da Energisa MT foi de R$104,7 milhões e no ano de 2018, aumentou para R$ 426,9 milhões. Desde 2014, ano em que a Energisa chegou em Mato Grosso, até o ano de 2018, o seu Lucro Líquido foi de R$ 712,8 milhões”, diz trecho da carta divulgada pelo sindicato.
 
Ainda conforme a categoria, de 2014 a 2018, o número de trabalhadores próprios e terceirizados diminuiu de 3.800 para 3.218. Os dados dos Balanços apontam, que nesse mesmo período, o Sistema Elétrico de Mato Grosso passou de 114.616 km para 184.847 km.
 
O mercado de venda de energia elétrica, que era, em 2014, 7.941 GW aumentou para 8.745,5 GW, em 2018. Já o número de clientes aumentou, nesse mesmo período, de 1.269.581 para 1.403.565, representando 133.984 consumidores a mais.
 
“Diante do crescimento do setor, o número de trabalhadores que era de 3.800 em 2014, deveria ter aumentado para 6.129 trabalhadores, ao invés da redução ocorrida para 3.218”, pontua o sindicato.
 
Ainda conforme o sindicato, a redução na Força de Trabalho provocou a retirada de equipes de eletricistas, deixando dezenas de municípios sem atendimento emergencial, de forma que, quando acaba a energia elétrica no período vespertino, o restabelecimento ocorre somente no dia seguinte.
 
“Citamos alguns exemplos de municípios que foram prejudicados com a retirada de equipes, entre eles: Cuiabá, Várzea Grande, União do Norte, Santa Helena, Novo Mundo, Guarantã do Norte, Itaúba, Nova Canaã, Nova Guarita, Peixoto de Azevedo, São José dos 4 Marcos, Araputanga, Rio Branco, Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, Jauru, Nova Lacerda, Santa Cruz do Xingu, São José do Xingu, Porto Alegre do Norte, Planalto da Serra, Nobres, Conquista do Oeste, Rondolândia, Comodoro, Cáceres, Poconé, Barão de Melgaço, Itiquira, Guiratinga, Alto Taquari, etc”, aponta outro trecho do documento.
 
Além disto, há denúncias de que diariamente ordens de serviços são baixadas sem o devido atendimento, com o objetivo de maquiar os indicadores regulados pela Aneel, sem que nenhuma providência tenha sido tomada.
 
Na carta, o sindicato cobra que a redução do número de trabalhadores e fechamento das agências comerciais tem provocado grande aglomeração e tumulto na Agência Comercial Barão de Melgaço e outras agências.
 
“Os clientes ficam em pé nas filas por longo tempo, e, somente depois disto recebem a senha de atendimento. Este procedimento burla as normas da Aneel, que regulamentam o atendimento aos clientes, os quais devem receber as senhas assim que chegam nas agências comerciais”, explica o sindicato.

A assessoria de imprensa da Energisa informou que irá se posicionar ainda hoje sobre o fato. 



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