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Mato Grosso

OAB questiona MPE por rejeitar delações de PMs em escutas

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Divulgação / Reprodução

O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE), recusou as delações do ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, Zaqueu Barbosa, do coronel Evandro Lesco e do cabo Gerson Corrêa, investigados no esquema conhecido como "Grampolândia Pantaneira". A informação é do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Mato Grosso, Leonardo Campos, em entrevista na rádio Capital FM nesta quinta-feira (11). 

 "Quero saber do doutor Domingos Sávio por que os investigados dos grampos tentaram delação e ele não aceitou. Por que? Quais os critérios?", questionou Campos.

 O coordenador do Naco, promotor de Justiça Domingos Sávio, que também foi entrevistado pela Capital FM, afirmou que não pode falar sobre o tema por conta do sigilo. Porém, afirmou que os militares são os protagonistas das interceptações telefônicas clandestinas, e que, por isso, estariam tentando uma delação para fugir da eminente condenação.

 "Eles já estão prestes a serem sentenciados. E o que o eles tem falado, não existe nada de novo. Estes fatos já foram citados", disse Domingos Sávio.

Delações

 Conforme a reportagem apurou, as delações de Zaqueu, Lesco e Gerson foram rejeitadas na última segunda-feira (8). Os depoimentos foram realizados no Naco, por conta de citação de pessoas com foro privilegiado. Além do ex-governador Pedro Taques (PSDB), do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, pelo menos 5 promotores de Justiça foram citados pelos militares.

 Os grampos

Reportagem do programa “Fantástico”, da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio de 2017 que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.

 A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.

 O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.

Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

No processo da Justiça Militar, são réus os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.



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