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Falta de velório é motivo de contestação de covid-19, afirma secretário

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Divulgação / Reprodução

A família de pelo menos dois pacientes mortos por covid-19 contestam a causa dos óbitos. Os parentes alegam que o diagnóstico está equivocado e cobram explicações da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O secretário Gilberto Figueiredo afirma que o motivo da contestação é justificável, mas o papel da pasta acaba no momento da identificação da doença pelo médico e que as reclamações podem ser feitas na justiça.

O secretário explica que os familiares preferem que não seja morte pela covid-19 porque, a partir da confirmação do óbito pela doença, o sepultamento tem protocolo específico. As medidas para conter a contaminação após a morte são caixão lacrado, sem velório, saída direto do hospital e sem pessoas próximas durante o sepultamento.

“Entendemos que haja esse comportamento porque no caso da covid-19 o paciente não pode ser velado. A família não tem aquelas 24 horas para velar o parente, se despedir da forma que gostariam e isso é desconfortável. Por isso há tanta resistência em aceitar o diagnóstico”, afirma o secretário.

Além disso, pacientes que moram em uma cidade e vieram a óbito em outro local serão enterrados no município em que houve a morte. O gestor afirma que não há transporte sanitário vítimas até o cidade de origem.

“A recomendação é que seja enterrado no local da morte, sem velório, de forma rápida. Sei que é difícil. Todos queriam velar seus entes queridos de forma tradicional, com as homenagens merecidas”, relata.

Indagado se a pasta poderia adotar exumação para confirmar a causa da morte, o secretário negou a possibilidade. Segundo ele, após o diagnóstico o papel da SES está encerrado. Outras medidas, como a exumação, só serão tomadas perante decisão judicial e é na Justiça que as famílias podem reclamar.

Testes rápidos
O gestor explica que as contestações também de fundamentam em testes rápidos aos quais aos quais os pacientes foram submetidos e deram negativo. No entanto, no laboratorial apontou contaminação.

Figueiredo pondera que este tipo de teste não serve como diagnóstico, pois as chances de resultado falso chegam a 40%.

“Já existe comprovação de que aproximadamente de 10 a 44% pode significar falsos negativos. O paciente já está infectado, mas no momento em que o teste rápido foi realizado, não tinha capacidade para o diagnóstico. A sensação do paciente de receber esse diagnóstico, mantém ritmo de vida normal e sai contaminando as pessoas”, explica o gestor.

Existe uma janela de contaminação, na qual o teste rápido não é capaz de detectar o vírus. Então ele aponta negativo, mesmo a pessoa estando contaminada.



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