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Glaucoma é principal causa de cegueira

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Divulgação / Reprodução

O servidor público Tiago Lima, hoje aos 26 anos, já se adaptou à vida de uma pessoa cega, mas, quando tinha 11 anos e em um período curto de cinco meses perdeu totalmente a visão, passou uma fase dificílima de adaptação.

"Não fiquei deprimido porque minha família me ajudou muito", comenta Tiago.

O dignóstico médico foi de glaucoma, a principal causa de cegueira no mundo. "Minha visão começou a ficar turva e só foi piorando rapidamente", lembra. 

O cantor norte-americano Ray Chales também foi vitimado e tem inclusive filme biográfico que mostra este drama na história do astro.

Tiago é um dos 5 mil cegos que vivem em Mato Grosso. Nasceram assim ou perderam totalmente a visão ao longo da vida, seja na infância, na vida adulta ou velhice.

Incluindo aqueles que mantiveram parcialmente a visão, este número sobre para 91 mil pessoas, dados do Censo 2010 do Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nesta terça-feira, 13 de dezembro, Dia Nacional do Cego, o alerta é para doenças oftálmicas, como glaucoma e outras, como catarata, que atingem as demais regiões dos olhos. Além de acidentes que possam atingir o globo ocular.

Tiago, que hoje é presidente do Instituto dos Cegos de Mato Grosso, ressalta que é importante consultar com o oftalmologista eventualmente. "Quem nunca foi deveria ir", orienta.

Segundo ele, o glaucoma é muito agressivo e muitas vezes leva à cegueira, mas, de uma década para cá, a medicina avançou muito nesta área e há colírios e outros mecanismos para estacar a progressão da doença.

"Não tive acesso a nada disso, quando era criança, porque morava em Alta Floresta, e acabei ficando cego muito rápido, mas hoje em dia, procurando um médico, quem sabe é possível evitar a cegueira total", comenta.

Estima-se que o glaucoma atinja mais de 1,2 milhão de brasileiros atualmente, sendo que 80% dos casos não apresentam sintomas e é a condição que mais causa cegueira não reversível em todo o mundo.

“Apesar de a catarata causar um número maior de perda de visão, esta pode ser revertida por meio de procedimentos cirúrgicos, ao contrário do glaucoma cuja perda é irreversível. Também enquanto a catarata é sintomática pois o paciente percebe a diminuição da visão, o glaucoma na sua forma mais comum não origina sintomas e passa desapercebido para o paciente até suas fases mais avançadas, quando a cegueira esta próxima. Por isso, nesta data, é importante conscientizar a população da importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, pois a doença não tem cura”, explica Remo Susanna, professor Titular de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Quando mais precocemente diagnosticada e corretamente tratada é mais facil controlar sua progressão. “Consultar o oftalmologista regularmente principalmente a partir dos 40 anos e sobretudo se tiver um parente direto com glaucoma é a forma mais adequada de descobrir a doença. Pessoas com ascendência negra, portadores de alta miopia, pacientes acima de 60 anos parentes de pessoas com glaucoma devem ter atenção redobrada, e consultar o especialista pelo menos uma vez ao ano. Devem também perguntar ao oftalmologista não somente qual é a pressão ocular mas também como está o seu nervo óptico", diz o médico.

Grande parte dos casos de glaucoma é tratada com colírios para controlar a pressão intraocular que embora não seja muito importante para o diagnóstico da doença é crucial para o tratamento. Neste ponto é importante ressaltar que o diagnóstico do glaucoma é feito pelo exame do nervo óptico (fundo de olho).

Entre as opções de colírios no mercado, estão disponíveis medicamentos com e sem conservantes, estes últimos parecem resultar em olhos com menos distúrbios de lubrificação ocular, “olhos secos” como são chamados. Como alternativa, há ainda o tratamento a laser ou, em casos mais complexos, a cirurgia.

Segundo o especialista, “o glaucoma é a maior causa irreversível de cegueira no mundo. Os portadores da doença evoluem sem sintomas até próximo da perda de visão.

Por este motivo, a adesão ao tratamento é fundamental, ou seja, os pacientes devem seguir corretamente a prescrição médica. Segundo algumas pesquisas, cerca de 30% dos pacientes não seguem o tratamento proposto, 50% têm dificuldade física de pingar o colírio. Alguns estudos sugerem que o não seguimento do tratamento é responsável por 10% das perdas de campo visual. 



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