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MERCOSUL

Países adiam decisão sobre Venezuela assumir presidência do Mercosul

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Divulgação / Reprodução

Por falta de consenso, os países fundadores do Mercosul adiaram para quinta-feira (14) a decisão sobre quem vai presidir o bloco regional nos próximos seis meses. A Venezuela, que aderiu ao bloco há quatro anos, deveria assumir a presidência pro-tempore nesta terça-feira (12). Os governos paraguaio e brasileiro consideram que o país não está em condições de presidir o bloco neste momento.   

“Para o governo do Brasil, está claro que existe um problema de política na Venezuela”, disse o subsecretário da América do Sul, Central e do Caribe do Itamaraty, embaixador Paulo Estivallet.

“Existe um problema que coloca em dúvida se, neste momento, as credenciais [da Venezuela] para assumir a presidência [rotativa do Mercosul] são as esperadas”, acrescentou. 

Estivallet representou o Brasil na reunião de chanceleres, realizada hoje (11) no Uruguai – país que atualmente ocupa a presidência pro-tempore do Mercosul. Pelas regras, a cada seis meses um país ocupa a presidência do bloco, seguindo ordem alfabética.

Segundo o Itamaraty, o governo venezuelano não está capacitado para assumir a liderança do bloco, porque ainda não concluiu  o processo de adesão. Para tanto, o país teria que incorporar cerca de 500 normas de integração até meados de agosto – algo que dificilmente conseguirá fazer em um mês. Neste momento, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enfrenta uma inflação anual de três dígitos, desabastecimento e saques – além da mobilização da oposição de convocar um referendo revogatório, que pode destituí-lo.

O governo uruguaio já manifestou que está disposto a entregar a presidência do bloco à Venezuela – mas como persistem diferenças de opinião entre os quatro países fundadores e qualquer decisão precisa ser tomada por consenso - ficou decidido que haverá outra reunião para discutir o tema.

 

Entre os integrantes do bloco regional, o Paraguai é o maior crítico da Venezuela e defende que o país deve sofrer sanções, pois houve uma ruptura democrática.  O Paraguai argumenta que Maduro está sendo acusado de perseguir e prender líderes oposicionistas. 



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