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Meio Ambiente

Elefanta Ramba chega a santuário nesta sexta (18) em Chapada dos Guimarães

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Divulgação / Reprodução

Após viver mais de 40 anos sendo maltratada em circos, a elefanta Ramba já percorre as rodovias de Mato Grosso do Sul em direção ao Santuário dos Elefantes Brasil (SEB), no rio da Casca, em Chapada dos Guimarães (a 115km de Cuiabá).

Segundo o SEB, a primeira noite de viagem de Ramba na estrada "foi tranquila". Inclusive, em uma das paradas, a elafanta já provou produtos orgânicos do país. A elefanta já se sente descansada depois da viagem de avião que a trouxe do Chile até o Aeroporto de Viracopos, em São Paulo.

Após pousar no país, Ramba está sendo levada por terra em um caminhão, com uma caixa de transporte adaptada para seu tamanho e peso, além de ser acompanhada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O transporte terá 1,5 mil km de distância e será feito em dois dias de viagem.

A expectativa é que Ramba chegue nessa sexta (18), mas sem horário preciso. Isto por que o comboio faz algumas paradas para alimentar a elefanta e descansá-la. Algumas fazendas também foram contratadas para abrir a caixa e deixar o animal esticar as pernas.

Conhecida como a última elefanta de circo do Chile, Ramba tem 53 anos e pesa 3,6 toneladas. Foi comprada da Ásia e levada para Argentina na década de 1980. A partir daí, trabalhou em diversas apresentações circenses, onde era acorrentada e forçada a obedecer ordens.

Em 1995, Ramba chegou ao Chile para apresentações no Los Tachuellas. Segundo a assessoria de imprensa da SEB, "a elefanta viveu uma típica vida de um animal de circo que inclui longas viagens de caminhão, dias presos às correntes e um interminável processo de domesticação para que pudesse fazer apresentações com truques e entreter uma enorme platéia de crianças e adultos".

Somente em 1997 é que sua "carreira" no circo acabou, após o Serviço Agrícola e Pecuário chileno confiscar o animal por maus tratos e posse ilegal. O Governo do Chile também proibiu de fazer apresentações, mas manteve a posse da elefanta com o circo.

Em 2012, a ONG chilena Ecópolis conseguiu ordem judicial para tomar Ramba do circo e levá-la para um parque localizado atrás da Cordilheira dos Andes. Porém, o local não propiciava qualidade de vida para a elefanta. Isto por que, além de viver sozinha, sofria com os invernos rigorosos da região.

Na mesma época, a ONG buscou o Santuário e começou as negociações para trazê-la até Chapada. Só em julho deste ano, o Ibama concedeu a autorização para Ramba entrar no Brasil.

Ramba é uma elefanta asiática, que são tidos como mais dóceis, além de serem menores, que os africanos. Solitária, o animal sofre com abcessos (acúmulo de pus) recorrentes na pata dianteira e tem comprometimento renal e hepático devido a uma dieta pobre. Por isso, precisa de suplementação alimentar adequada.

Tem também inúmeras cicatrizes devido as correntes e bullhooks, que é um instrumento semelhante a uma vara com um gancho na ponta utilizada para intimidar os animais e obrigá-los a obedecer ordens.

No Santuário, Ramba vai fazer companhia para Maia e Rana. A primeira veio junto com a elefanta Guida, em 2016, companheira de mais de 40 anos em circos e que morreu em junho deste ano. Já a segunda chegou ao Santuário no final do ano passado.



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