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Política

"Delação monstruosa" elimina políticos de MT e deixa Silval livre

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Divulgação / Reprodução

Há exatos 4 anos, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, homologava a então delação ‘monstruosa’ do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa. Sua colaboração premiada significou a aposentadoria de vários políticos e impacta até hoje a conjuntura política do Estado. Mas o homem que originou tudo isso já ‘saldou’ suas dívidas com a Justiça e está livre.  

Sua delação, realizada conjuntamente com a esposa Roseli Barbosa, o filho Rodrigo Barbosa, o irmão Antônio Barbosa e o ex-chefe de gabinete, Sílvio Corrêa, atingiu em cheio o ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), que em 2018, decidiu se aposentar da política, para cuidar das acusações feitas por Silval.  

Além de Blairo, a delação também mencionou outros detentores de prerrogativa de foro privilegiado, como o então deputado federal Ezequiel Fonseca, Carlos Bezerra, e os senadores Cidinho Santos (PSL) e Wellington Fagundes (PL).

Destes, apenas Carlos Bezerra conseguiu se reeleger. Já Wellington Fagundes ainda continua sob mandato e tentará a reeleição no ano que vem.  

Cidinho também desistiu de tentar a reeleição, já Ezequiel Fonseca foi derrotado em 2018, por conta do vídeo em que aparece recebendo propina em uma caixa de papelão.  

Vídeos e áudios    

Silval apresentou como provas um vídeo gravado por Silvio Cézar Corrêa Araújo, ex-assessor de gabinete. Neles consta os flagrantes dos então deputados recebendo propina em troca de apoio político a Silval e para que não fiscalizassem obras e irregularidades na gestão do então governador entre março de 2010 e dezembro de 2014.  

Ezequiel Fonseca, Baiano Filho, José Domingos Fraga, Hermínio J. Barreto, Airton Português, Alexandre César, Antonio Azambuja, Gilmar Fabris, Luiz Marinho, Luciane Bezerra e o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro.  

Já os áudios entregues envolveram Domingos Fraga, Wagner Ramos, e Silvano Amaral, que segundo Silval teriam cobrado propina para votar favoravelmente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo e na aprovação das contas de governo.  

Após a divulgação, vários decidiram não disputar mais eleições para evitar a exposição sofrida. Apenas Gilmar Fabris e Silvano Amaral decidiram concorrer. Porém, não foram eleitos.  

Todos foram denunciados e se tornaram réus nas esferas estadual e federal. Eles negam as acusações, exceto Alexandre César, que confessou o crime e fechou acordo de não persecução penal, pagando uma multa de mais de R$ 100 mil.  



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