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Política

Fim das coligações para vereador põe fim às frentinhas e dificultará a majoritária

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Divulgação / Reprodução

Com o fim das coligações para as candidaturas proporcionais, que passa a valer nas eleições do ano que vem, os partidos se preparam para enfrentar um dos pleitos que deverá ter o maior número de candidatos da história. Isso porque, sem as coligações para os vereadores, as siglas planejam fortalecer seus candidatos com fortes nomes na disputa para o Poder Executivo. Com a mudança na legislação também acabou a era das frentinhas, que até as últimas eleições, em 2018 foi a estratégia de sobrevivência para os partidos nanicos.

Para o presidente regional do PSD, Carlos Fávaro, trata-se de uma vantagem, mas vai impor o desafio aos partidos para que tenham candidatura própria para prefeito. “Os que não conseguirem candidaturas bem estruturadas para prefeito, vão ter dificuldades para fazer vereadores”.

Fávaro avalia ainda que as novas regras eleitorais dificultarão a ação dos chamados “caciques” partidários, que se aproveitavam das frentinhas para se eleger ou eleger os nomes considerados fortes de suas siglas em detrimento da votação recebida pela coligação com outros partidos pequenos.

Para o presidente regional do PRB, ex-deputado federal Adilton Sachetti, a mudança nas regras eleitorais trará dificuldades para a formação de coligações para prefeitos. “Como são 36 partidos aptos para disputar a eleição, teoricamente, muitos partidos vão ficar sem formação de chapa. Os partidos menores vão perder força, porque não vão conseguir trabalhar”.

Sachetti avalia que, para conseguir se sobressair nas próximas eleições, o PRB, que é considerado um partido pequeno, já se está se articulando por meio do fortalecimento dos diretórios. “Não vamos ter candidatura em todos os municípios, vamos focar nos principais municípios”, explica.

Para a ex-candidata ao Senado em 2018, professora Maria Lucia Cavalli Neder, que é uma das principais lideranças do PcdoB, os partidos vão ter que se reconfigurar para se manter no cenário eleitoral. “Agora é hora do trabalho de convencimento, alinhamento com as bases”.

Outro fator que deverá ser um diferencial, na visão de Maria Lucia, é a tradição partidária. “Meu partido é pequeno, mas é de tradição de luta pelo trabalhador. Estamos analisando a perspectiva futura. Mas vamos continuar firmes em nossa defesa de luta. Somos pequenos, mas somos determinados. Temos clareza de nossa proposta social. Em princípio estamos muito firmes”.

Para o senador Jayme Campos, que é uma das principais lideranças políticas do DEM, o fim das coligações não impacta em nada nas eleições do ano que vem. “Via de regra, o majoritária tem o poder de convencimento”. Nesta linha, ressalta que a figura do vereador é bastante importante, na arte de pedir votos, mas ressalta que a manutenção da coligação na majoritária e o poder de convencimento ajudam os candidatos a prefeito.

Sobre as articulações do DEM, ressalta que a ideia é lançar candidatos no maior número possível de cidades e destaca Várzea Grande e Cuiabá entre as prioridades. Evita, entretanto, falar sobre nomes sob justificativa de que ainda é muito cedo. Entre os cotados está Eduardo Botelho e o presidente estadual da legenda Fábio Garcia. “Temos que ver porque temos muitos aliados. E mesmo que não seja do DEM, podemos apoiar. Vamos aguardar, pois tudo ainda é muito precoce”, desconversa.



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