O designer chinês de CPU de servidor Hongjun Microelectronics Technology pode demitir até metade de sua força de trabalho de 300 pessoas, relata Digitimes porque não tem mais acesso ao nó de 7 nm da TSMC. De acordo com meios de comunicação da China, como MyDrivers e ICSmart, que citam postagens nas redes sociais, até 150 funcionários da designer chinesa de chips poderão ser demitidos. Digitimes sugere, com base em informações de especialistas da indústria, que isso pode ser devido à falta de acesso ao nó de 7 nm da TSMC.
No mês passado, a TSMC isolou as empresas chinesas de semicondutores envolvidas em processadores de ponta de seus nós “avançados”, que cobrem todos os nós, desde 7 nm até o próximo processo de 2 nm do fabricante do chip. A TSMC lançou seu nó de 7 nm em 2018, mas ainda é relevante na China porque fábricas nacionais como a SMIC não têm meios para produzir em massa chips fabricados em nós de 7 nm ou menores, pelo menos de acordo com o governo dos EUA.
Fundada em 2021, a Hongjun Microelectronics Technology pretendia projetar CPUs de servidores baseadas em Arm para computação em nuvem. Foi liderado por veteranos da tecnologia que trabalharam anteriormente em empresas como Intel e Alibaba. Em 2022, Hongjun levantou mais de US$ 100 milhões por meio de capital de risco e, desde então, gravou sua CPU de servidor, o que significa que o protótipo chegou da fábrica.
Embora a retirada normalmente representasse Hongjun finalmente chegando ao topo e superando as partes mais desafiadoras do processo de design do chip, a decisão da TSMC de restringir o nó de 7 nm às empresas chinesas poderia ser fatal para o designer do chip. O relatório observa que não está claro se a restrição se aplica a Hongjun, mas se isso acontecer, a empresa terá que recomeçar e gravar seu processador em um nó diferente.
Geralmente custa dezenas, senão centenas, de milhões de dólares para levar um processador ao estágio de saída da fita. Dado que Hongjun está a considerar despedir metade dos seus funcionários, parece provável que os 100 milhões de dólares que a empresa arrecadou não sejam suficientes para outra suspensão, pelo menos não sem grandes cortes.
Também pode ser verdade que Hongjun estava destinado a demissões, quer a TSMC restringisse o nó de 7 nm ou não, já que US$ 100 milhões não é exatamente uma tonelada de dinheiro para levar uma empresa do estágio de planejamento para um lançamento genuíno. Mas Hongjun pode ter futuro se puder fabricar seus chips na TSMC; se não puder, será difícil ver como esta empresa chinesa de semicondutores poderá continuar.
As demissões em Hongjun parecem ser o efeito pretendido das táticas do governo dos EUA na guerra comercial tecnológica entre os EUA e a China. Há poucos dias, os EUA anunciaram mais controlos de exportação sobre a China, impedindo a China de obter semicondutores avançados e tecnologia de IA. As empresas chinesas dizem que estão prontas para enfrentar a tempestade e que a produção doméstica manterá a indústria de chips da China funcionando, mas isso pode não ser verdade para Hongjun, a menos que consiga levantar mais capital.