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Polícia

Investigador é afastado por apontar precariedade de delegacia

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Divulgação / Reprodução

O Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Sigespoc) emitiu nota de repúdio contra o afastamento do plantão do Cisc Planalto, do investigador Marcos da Conceição Amorim.

O "Marcão", como é conhecido, foi afastado da função de chefe de plantão e colocado no expediente, no registro de inquéritos, atividade que segundo o sindicato, é própria de escrivão, não de investigador.

Afastamento teria sido motivado depois que "Marcão" denunciou e reiterou inúmeras vezes, as péssimas condições da delegacia, para onde são levados todos os detidos em flagrantes da Capital e região.

Local é apontado como insalubre, em condições inadequadas para servidores e presos. No pátio, dezenas de veículos apodrecem e viram depósito para insetos. 

O sindicato, através do presidente Cledison Gonçalves, acionou a assessoria jurídica para auxiliar no retorno do investigador na função que exerce há 8 anos. Ao todo, "Marcão" atua na Polícia Judiciária Civil há 14 anos. 

Outro lado - A Polícia Judiciária Civil informa que até o momento não foi comunicada formalmente pelo Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Siagespoc), em relação aos supostos fatos narrados em nota divulgada nesta quinta-feira (27) referente a 2ª Delegacia de Polícia de Cuiabá (Carumbé / Planalto).

Por previsão legal, o remanejamento de policiais dentro da unidade é ato discricionário do delegado titular e deve ser pautado pelo interesse técnico e às necessidades de adequação ao serviço desenvolvido no local. Diante de eventual discordância, o servidor deve solicitar a revisão do ato que poderá ser revisto, ou não, pela Administração Pública.

A Polícia Civil reitera que é pautada pelos valores da ética, dignidade, compromisso social e institucional, imparcialidade, e busca contínua pela qualidade na prestação de atendimento à sociedade mato-grossense, buscando agir com urbanidade e respeito com a população e com os valorosos servidores da Polícia Civil (delegados, escrivães e investigadores).

Reformas na unidade

Em relação às condições estruturais da 2ª Delegacia de Polícia (Carumbé/ “Cisc Planalto”), a necessidade de melhorias na estrutura da unidade é reconhecida pela Polícia Civil e pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp), onde tramita em fase final um processo para reforma da estrutura do local.

Orçado em R$ 518 mil, o projeto foi recentemente aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Condes) e prevê a reforma e reestruturação de todas as dependências da Delegacia.

A previsão é que as obras iniciem no primeiro trimestre de 2017.

Mais de uma dezena de delegacias de polícia já foram inauguradas e/ou reformadas nos últimos meses em todo o Estado de Mato Grosso – mesmo diante de um cenário de crise econômica. As novas obras respeitam regulamentação padronizada em todas as unidades, para melhor atendimento às vítimas, testemunhas e servidores.

Veja nota do Siagespoc

O presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva, repudia as retaliações que vêm sendo infligidas ao investigador de polícia MARCOS DA CONCEIÇÃO AMORIM, lotado no Cisc Planalto, por ter denunciado condições de trabalho insalubres, precárias e inadequadas naquela unidade policial.

Nós somos testemunhas de que o investigador contou apenas a verdade, pois ao sermos procurados por ele para mostrar o estado das instalações do Cisc Planalto, constatamos a veracidade dos fatos, convocamos a imprensa e denunciamos a situação em uma entrevista coletiva à imprensa.

Ninguém podia imaginar, contudo, que a arbitrariedade cometida no Cisc Planalto contra presos e investigadores teria continuidade em retaliação ao policial que contou somente a verdade. Tão logo foi publicada a denúncia, o Dr. Waldeck afastou o policial do cargo que ocupava e o designou para a função de registro de inquéritos, uma atividade própria de escrivão de polícia, não de investigador.

Esta é uma situação absurda, que não pode prosperar. Nós denunciaremos o caso à Diretoria Geral da Polícia Civil, ao Ministério Público e iremos às últimas consequências em defesa do policial perseguido por ter falado a verdade. Se o governador Pedro Taques ganhou a eleição prometendo que seria um amigo da verdade, ele não pode permitir que se puna um servidor por ter falado a verdade.

O estado não pode adotar a prática de punir quem fala a verdade. Tem que ser punido quem mente, quem vive extorquindo, que vive a margem da lei, e não quem cobra eficiência no serviço público, quem quer oferecer um serviço de qualidade, da forma como merece o cidadão que paga seus impostos e que procura atendimento no serviço público. Afinal, quem fala a verdade não merece castigo.

O sindicato agirá para preservar os direitos do investigador que tem sido perseguido por seus superiores. Já convocamos nossa assessoria jurídica para que sejam tomadas as providências cabíveis.



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