PUBLICIDADE

Polícia

Idoso acusado de envenenar achocolatado que matou criança diz que foi coagido a confessar crime

Menino de dois anos morreu após tomar achocolatado envenenado, que, segundo a polícia, tinha sido furtado da casa de Adônis José Negri. A defesa do idoso alega que ele foi obrigado pela polícia a conf

 |
Divulgação / Reprodução

Acusado na morte de um menino de dois anos, o zelador Adônis José Negri, de 61 anos, alegou à Justiça que foi coagido a assumir a autoria do crime. Ele é réu em uma ação judicial por homicídio qualificado pelo emprego de veneno após injetar pesticida em um achocolatado que, posteriormente, foi ingerido por Rhayron Christian da Silva Santos, que morava com a família dele no Bairro Parque Cuiabá, na capital.

Por meio de assessoria, a Polícia Civil afirmou que o caso foi investigado e comprovada a existência de veneno no produto ingerido pela criança e identificada a autoria do crime. Ainda segundo a assessoria, o inquérito já foi concluído e não é mais de responsabilidade da polícia.

A denúncia foi encaminhada à 14ª Vara Criminal de Cuiabá e aceita pelo juiz Jurandir Florêncio de Castilho.

Em resposta à acusação, a defesa de Adônis alega que o zelador foi coagido a assumir o crime e que a versão usada como base para a denúncia "é completamente distorcida da realidade dos fatos".

De acordo com o advogado Raul Brandão, Adônis foi algemado e jogado no chão usando apenas roupas íntimas, sob a mira de policiais armados durante abordagem na casa dele.

"A ausência de humanidade e o tratamento degradante ao qual o senhor Adônis foi submetido não deixam dúvidas de que a sua confissão foi obtida mediante emprego de constrangimento ilegal", diz trecho da resposta.

Adônis chegou a ser preso em setembro do ano passado, suspeito de injetar veneno no achocolatado para se vingar de Deuel de Rezende Soares, de 27 anos - que, segundo a polícia, furtava comércios e casas na região onde morava. Atualmente, o idoso está em liberdade.

No inquérito, a polícia afirma que Deuel levou os produtos envenenados e os vendeu para o pai da criança. Na época, a mãe de Rhayron, Dani Cristina dos Santos, contou ao G1 que a família passava por dificuldades financeiras e que já havia comprado outros alimentos de Deuel, que é amigo da família.

Ainda na resposta enviada à Justiça, a defesa alega que, segundo o laudo pericial, os produtos apreendidos na casa de Adônis são de outra marca e não têm similaridade com o produto envenenado.

À época em que o caso estava sendo investigado, o delegado Eduardo Botelho, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), afirmou que o veneno foi encontrado "em todas as embalagens de duas marcas diferentes".

Ao juiz, a defesa de Adônis solicitou a absolvição sumária do réu com base no inciso II do artigo 397 do Código Processo Penal (CPP).



deixe sua opinião






  • Máximo 700 caracteres (0) 700 restantes

    O conteúdo do comentário é de responsabilidade do autor da mensagem.

    Clicando em enviar, você aceita que meu nome seja creditado em possíveis erratas.



mais lidas de Polícia (últimos 30 dias)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
TOPO

Contato

Redação

Facebook Oficial