PUBLICIDADE

Mato Grosso

Jurista se posiciona contra PEC e diz que políticos estão sucateando a Unemat

 |
Divulgação / Reprodução

Após o deputado estadual, Ademir Brunetto (PSB), apresentar um Projeto de Emenda Constitucional na Assembleia Legislativa, pedindo a revogação de repasses automáticos - vinculado ao Governo do Estado para a Universidade do Estado de Mato Grosso -, o jurista e escritor Eduardo Mahon, em entrevista ao Site Única News, nesta quarta-feira (22) se posicionou contra a PEC e pontuou que ela vai sucatear a Unemat 'e tudo por uma questão política'.

 Mahon já tinha se posicionado nesta última terça-feira (21), em vários grupos de WhastApp - em particular - dos jornalistas e artistas, mostrando toda a sua indignação contra a PEC.

 A proposta de Brunetto apresentada no último dia 7 de agosto - e que contou com o apoio de outros 17 colegas no Legislativo -, revoga a Lei 66/2013, que garantia o repasse automático de 2% da Receita Corrente Líquida do Estado, acrescido anualmente de 0,1%. Chegando agora em 2018 com um índice de 2,5%, teto garantido pela Emenda. Na época, em 2013, quando foi aprovada, a Emenda foi comemorada por professores e alunos por reforçar a qualidade do ensino superior público no Estado.

 Este reforço monetário deverá impactar em breve os cofres da universidade, já que em 2017, o valor repassado pelo Estado à instituição foi de R$ 12 milhões por mês.

Mahon que evita construir conclusões precipitadas, explica que, no entanto, o projeto já sinaliza que 'este é um processo de sucateamento doloso com uma preparação para privatização'. 

“Isso não é obvio, mas é uma consequência clara. Afinal, se a Unemat não tem dinheiro, então é só uma questão de tempo para que ela seja privatizada. Sendo encampado por grupo Kroton da vida”, frisou. 

 Mahon destaca a importância da Unemat que é vocacionada para Mato Grosso, o que nem mesmo o Exame Nacional do Ensino Médio vem propondo aos estudantes, pois nacionalizou as questões aplicadas nas provas. Ainda lembrou da época em que a Universidade Federal foi fundada em Mato Grosso, em 1970, e que foi uma grande revolução. E que após 30 anos de existência ainda não teria conseguido se interiorizar, não na dimensão que queria e precisava. 

 E que a Unemat, que nasceu exatamente para cumprir esta tarefa, estaria realizando seu trabalho de revolucionar, transformando a vida das pessoas que moram no interior do Estado. E com a PEC, o jurista entende que os deputados estariam fazendo algo parecido com o que foi realizado na Saúde, que comprou os hospitais públicos, fechando-os para a construção dos regionais, sendo que nunca foram feitos. 

 “É de uma burrice brutal. E esse projeto é meio que chantagista, porque quem está assinando isso, na verdade está chantageando a Unemat para ir para as cidades de interesse dos próprios políticos. Então é cruel, é um negócio safado. Se pudéssemos criminalizar, iriamos fazer isso”, relatou. 

E por mais que não tenha nenhuma ligação com a Unemat, por meio de suas andanças no interior, Mahon percebeu a grande mudança que tem feito aos mato-grossenses, principalmente, pelo fato de ter parcerias com as universidades da Europa. 

Mahon disse ainda que o governo é ‘safado’, pois do repasse de 2%, ele ainda alega que não tem a obrigação de pagar, só quando quiser. Ele acredita que a Unemat deveria ser como no caso dos duodécimos, que se não for pago poderá recorrer na Justiça. 



deixe sua opinião






  • Máximo 700 caracteres (0) 700 restantes

    O conteúdo do comentário é de responsabilidade do autor da mensagem.

    Clicando em enviar, você aceita que meu nome seja creditado em possíveis erratas.



mais lidas de Mato Grosso (últimos 30 dias)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
TOPO

Contato

Redação

Facebook Oficial