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Médico e psicoterapeuta falam da Tricotilomania: mania de arrancar os cabelos

A Tricotilomania é um distúrbio psíquico cuja principal característica é uma compulsão incontrolável por arrancar os fios de cabelo. Muitas vezes isso acaba levando os pacientes para áreas de calvíci

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Divulgação / Reprodução

Na opinião da psicóloga clínica Lizandra Arita, a Tricotilomania aparece frequentemente na adolescência, o que acaba facilitando o tratamento. Há dois tipos da doença: a focada, quando o paciente tem mesmo a intenção de puxar os cabelos para controlar alguma experiência desagradável, isto é, para aliviar o estresse que vivencia no momento; e a automática, onde o paciente faz sem perceber que está fazendo, ou seja, de modo inconsciente. 

O transtorno, que já foi considerado raro, hoje é muito comum. Ele é parecido com o transtorno obsessivo-compulsivo e com o transtorno do controle de impulsos, porque há um aumento da tensão antes de puxar o cabelo e alívio da tensão ou gratificação após tê-lo puxado. Suas causas não são tão aparentes. “Não há uma causa específica. O distúrbio pode estar ligado a diversos fatores como situações de estresse, problemas de relacionamento, medos, perdas ou até mesmo depressão. O mal, geralmente, é associado à genética, ou seja, alguém da família com histórico de Transtorno Obsessivo-Compulsivo, tiques ou manias”, comentou Lizandra. 

Existem alguns tratamentos para combater a Tricotilomania. A primeira medida é a ingestão de medicamento prescrito por psiquiatra. Além disso, o paciente deve submeter-se à psicoterapia, para que tenha conhecimento da origem do problema.“Em conjunto com a psicoterapia, podemos aplicar outros métodos comportamentais para induzir o autocontrole. Um dos exemplos é a reversão de um hábito, ou seja, criar uma nova ação que substitua o ato de arrancar os cabelos. Além do uso de hipnoterapia, que é muito eficaz para o tratamento”, comentou a terapeuta. 

Do ponto de vista físico, após sucessivas trações de uma mesma área do cabelo, a calvície se torna irreversível, principalmente quando o distúrbio psíquico chega à idade adulta. Para estes casos, o médico Thiago Bianco, cirurgião de transplante capilar, indica as restaurações cirúrgicas. “Estes pacientes, após o tratamento psiquiátricos com medicamentos e psicoterapia, devem aguardar dois anos após se verem livres da compulsão”, alertou.

Há duas técnicas de implante capilar: a FUT e a FUE. A FUT (Follicular Unit Transplantation), mais tradicional, consiste na remoção de uma faixa de couro cabeludo, da região da nuca, que contenha os folículos pilosos. Estes folículos são transplantados às áreas de calvície e, na região onde a faixa foi retirada, fica uma cicatriz muito fina, que será coberta pelos fios de cabelo. Já a FUE (Follicular Unit Extraction) é uma técnica conhecida como transplante sem cicatriz. Ao invés de retirar uma faixa de couro cabeludo da região da nuca, o cirurgião extrai as unidades uma por uma, selecionando as melhores. Tais técnicas são realizadas sob anestesia local, em centros cirúrgicos, e o paciente é liberado no mesmo dia. Com tratamento físico adequado e apoio de um profissional de psicoterapia é possível amenizar e até acabar com o transtorno da Tricotilomania. 



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